São como triângulos de gelo
os segredos traídos
nas cortinas da tua janela
No chão,
onde me deito,
funde-se a sombra das vontades que me fogem
enquanto eu,
quieta,
vou fechando os olhos ao ritmo dos teus planos
Se anoitecer assim
e as cortinas forem só lembranças
promete-me
que este segredo não será traído sempre que for recordado
Tremem-me os dentes na ausência de frio
É sempre o calor da nudez que me assusta
São de tantos sabores os teus dias
E eu
dilato
em esferas que me comprimem
Não posso querer ficar
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