Numa tela branca
construída de dedos
sugam-se linhas dispersas absorvidas de vácuo
Sem ninguém entender
ocupam-se enlaçadas cores
Os dedos salpicam nas mãos que tremem
É o que não se diz que se desenha
está ali
tão nítido na ausência de significados
Porque a verdade é feita de pequenos nadas
na simplicidade da água que escorre em janelas frias
Desconstruída a história ainda por contar,
nos uivos das distâncias
nas cordas dos dias
Tudo muda,
metamorfose nunca acabada
Tudo cessa,
voltando depois do avesso
A simetria pode ser irregular
quando adormecemos ao sabor do vento
e se encaixam desejos
Sem comentários:
Enviar um comentário