domingo, 23 de março de 2008

Assalto

Sou dono do mundo
Quanto custa o mundo?
Que me dariam para vos dar o mundo de volta?
Sou negociante de promessas
Trafico gente que não se sabe

Aquela alma é minha e eu sou daqueles pés
Jogo a feijões a vossa cobiça
Pedincho pelos vossos neurónios
enquanto de vós espremo a humanidade
Tragam-me um prato cheio de ideias,
tenho fome depois da gula
Cobrem-me as horas de preguiça,
sabem que preço cobrar?

Estratifico diálogos
Em oblíquos movimentos faço planos distintos
cruzo vozes e cultivo histórias
Desdobro cartas perfumadas que têm sabor de beijos
e em passos de dança engano-vos os desejos

Venham
Vamos sentarmo-nos em círculos
talvez consigamos um acordo sobre sombras

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