Se eu soubesse pedia
Se eu conseguisse não ia
Lá, onde já sei que me perco
Por ali, que já sei que não gosto
Fico com o sabor preso debaixo da língua
Liberta-se de mansinho
E eu não sei cuspir no chão
Engulo
Engulo o travo feio
Seguro a vontade de asfixiar as papilas gustativas
só porque elas são anfíbias
Tudo muda de forma,
os formatos encontram-se para se verem
e gestos são formas desenhadas em nada
Para lá do que tu vês
para lá, onde não vês
é lá que está
Nenhuma presunção, não imagines
O que não vês eu também não vejo
Limitam-me os olhos e a visão
As cores sobram num paraíso que se desenha a preto e branco
É tudo tão simples
tão simples
Se pedisse um desejo,
daqueles que perdi quando deixei de acreditar,
pedia-te a ti
1 comentário:
Fizeste mal em perder. :-)
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